A evidência científica já demonstrou que há pelo menos dez tipos de cancro que podem ser associados à obesidade, cujo Dia Nacional e Europeu se assinala hoje. De acordo com Paula Freitas, presidente da Sociedade portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), os mais comuns são os cancros da mama, do ovário, do fígado e do cólon e reto. “Estes são os que têm maior correlação”, adiantou a especialista ao JN. E segundo um estudo do “The New England Journal of Medicine”, também se pode considerar a doença um fator de risco nos cancros do rim, da vesícula, do corpo uterino, mieloma múltiplo, pâncreas e esófago. “Temos uma doença grave, crónica, multifatorial, que está na génese de muitas outras. Hoje, mais de 200 doenças estão associadas” a esta condição, sublinhou. Diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares são os problemas de saúde mais comuns. No entanto, se para estes últimos os tratamentos são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, a legislação impede que os medicamentos para tratar a obesidade tenham o mesmo benefício, por serem considerados produtos para emagrecer.
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